Cultura do amendoim avança no Brasil

A cultura do amendoim no Brasil era considerada rústica e mantinha uma cadeia produtiva informal. Os agricultores utilizavam parte dos grãos colhidos para plantio – as chamadas sementes reservadas – na próxima safra. Mas essa realidade ficou para trás em função do aumento da demanda de exportação e da maior exigência do mercado consumidor por qualidade.

O produtor se viu obrigado a buscar novas tecnologias, entre elas o uso de sementes produzidas com controle de geração e sob as regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

De acordo com informações da Superintendência de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo (SFA-SP), é crescente a utilização de sementes de categoria superior e produzidas sob as normas estabelecidas pelo Mapa. Para se ter uma ideia, na safra 2015/16 estavam inscritos no Mapa sete produtores de sementes de amendoim e 7.926,87 hectares de campos de produção instalados. Já na safra 2023/24 se inscreveram 27 produtores de sementes com 32.321,29 hectares de campos. Ou seja, a área quadruplicou.

O setor vem vivenciando uma “evolução gigantesca” nos últimos anos. A área plantada com a cultura passou de 160 a 180 mil hectares em 2015 para mais de 300 mil hectares neste ano.