Nota Técnica elaborada pela Receita Federal aponta viabilidade econômica para a implantação de Porto Seco na cidade de Três Lagoas, distante 320 quilômetros de Campo Grande, a oeste de Mato Grosso do Sul.
De acordo com o levantamento, de 2018 a agosto de 2023 o município movimentou US$ 2,517 bilhões, cerca de 32,5% das importações sul-mato-grossenses. Já com relação às exportações realizadas por operadores do comércio exterior sediados em Três Lagoas e região, de 2018 a 2022 foram movimentados US$ 2.024 bilhões e cerca de 4,6 milhões de toneladas.
Os dados constam na nota de análise preliminar ao Estudo Sintético de Viabilidade Técnica e Econômica para instalação de Porto Seco em Três Lagoas, e que apontam que há demanda para a instalação de estrutura alfandegária no município.
Tamanho da necessidade
A Nota Técnica ainda aponta qual seria a área necessária para a instalação do Porto Seco na cidade. “Com base nos dados de importações e exportações acima apresentados, considerando o volume das operações e uma eventual adesão ao despacho realizado em recinto alfandegado do tipo Porto Seco, é possível estimar uma área de aproximadamente 100 mil m2, considerando certa margem de folga em razão da possibilidade futura de uma interoperabilidade com o modal ferroviário, e compatível com o dimensionamento de outros Portos Secos instalados na 1ª Região Fiscal”, diz o documento.
A estrutura alfandegária no município se assemelharia às que existem em Anápolis, Cuiabá, Corumbá e Brasília. Segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), já existe a sinalização de um empresário local que pode fazer a doação desses 10 hectares para a Prefeitura de Três Lagoas. “A partir daí, o município poderá fazer a devida licitação, com a aprovação na Câmara Municipal. Obviamente, cabe ao Município dar agilidade a esse processo”, afirmou.