Com atraso de três semanas – na comparação com o mesmo período do ano anterior – a colheita da segunda safra do milho 2022/2023 foi finalizada em Mato Grosso do Sul. Ao todo, o processo levou 17 semanas e o tempo extra na conclusão foi causado pelo prolongamento da colheita da soja, por sua vez, em decorrência do excesso de chuvas no início do ano.
O balanço foi divulgado nessa semana pelo boletim Casa Rural do Sistema Famasul, com base em projeções do projeto Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que é uma ferramenta criada e mantida pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul ) para monitorar lavouras.
De acordo com o documento, muitos produtores perderam a janela do plantio e, com isso, a produção do grão foi menor nessa safra. A estimativa é de que 54% tenha ficado de fora da janela ideal de semeadura. Apesar disso, a safra deverá ser 5,39% maior em relação ao ciclo passado (2021/2022), atingindo a área de 2,325 milhões de hectares.
A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, o que está dentro do potencial produtivo das últimas 5 safras do Estado. Essa estimativa gera a expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas, representando uma retração de 12,28% em comparação ao ciclo anterior.
“É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação”, pontua o documento direcionado aos produtores do grão.
Até o dia 23 de outubro, 52,63% do milho da segunda safra produzido em Mato Grosso do Sul já tinha sido vendido. As cotações do site da Granos Corretora apontam que o valor médio para o período de 16 a 23 de outubro foi de R$ 40,10 a saca de 60 quilos, que representou queda de 44,53% em relação ao valor médio de R$ 72,29/sc no mesmo período de 2022.
