O Banco do Brasil anunciou, nesta segunda-feira (11), que está passando por um período de “redimensionamento de sua estrutura organizacional” e, por isto, irá fechar 361 unidades em todo o país.
Além disto, a previsão é de 5 mil funcionários passando pelo processo de desligamento.
Dentre as unidades estão agências, postos de atendimentos (PA) e escritórios. Questionada, a instituição informou que ainda não irá divulgar números regionais, ou seja, o quadro para Mato Grosso do Sul permanece incerto.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região (SEEBCG-MS), Rubens Alencar, o comunicado veio de forma inesperada e, conforme reafirmou, o Sindicato se posiciona contra a medida.
“Foi uma medida unilateral do Banco, nós não conseguimos ter acesso aos números específicos ainda, mas isso traz impacto para os bancários e para a população porque tira direitos e desmonta bancos.”, destacou Rubens.
Conforme o anúncio do BB, a implementação da medida acontecerá ao longo do primeiro semestre de 2021, e abrange otimização de 870 pontos de atendimento no país, são eles:
– Desativação de 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA);
– Conversão de 243 agências em PA e outros 8 PA serão transformados em agências;
– Transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem a oferta de guichês de caixa, com maior vocação para assessoria e relacionamento;
– Relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios;
– Criação de 28 unidades de negócios, sendo 14 Agências Especializadas Agro e 14 Escritórios Leve Digital (unidades especializadas no atendimento a clientes com maturidade digital), com aproveitamento de espaços existentes, não envolvendo contratação ou locação de novos imóveis.
Ainda de acordo com o secretário-geral Alencar, a falta do atendimento presencial, mesmo que já exista uma migração para acessibilidades online, “Você pode verificar in loco nas agências, principalmente nos bancos públicos, que as filas, com a questão da pandemia e atendimento aos programas de Governo, continuam existindo.”.
Ele também lembrou que a necessidade de realocação no mercado de trabalho já tem sido pauta recorrente e uma medida como esta potencializa o problema.
“E a medida que você descomissiona, reduz a quantidade de bancários, você tem uma perca de profissional, é mais um trabalhador partindo para uma situação mais delicada.”
Ainda assim, o Banco do Brasil reforçou que irá ampliar sua capacidade de assessoramento junto aos clientes, ou seja, investir no relacionamento banco-cliente, aumentando a satisfação e as fidelizações.
Atualmente, a estimativa de despesas administrativas geradas por estes movimentos é de R$353 milhões, sendo que até 2025 o valor subiria para R$2,7 bilhões.