
Léo Batista, uma das vozes mais marcantes da comunicação esportiva brasileira, faleceu neste domingo (7), aos 92 anos, em decorrência de complicações causadas por um tumor no pâncreas. Com quase 80 anos de carreira, ele se consolidou como referência no jornalismo esportivo e testemunhou momentos históricos do Brasil e do mundo.
Trajetória de um pioneiro
Nascido João Baptista Bellinaso Neto em 1932, em Cordeirópolis (SP), Léo Batista começou sua trajetória na comunicação ainda jovem, aos 15 anos, trabalhando em serviços de alto-falante e, posteriormente, em rádios no interior paulista. Sua chegada ao Rio de Janeiro, em 1952, marcou o início de sua jornada nacional, com sua atuação na Rádio Globo e, posteriormente, na televisão.
Em 1970, ingressou na TV Globo, onde deixou um legado como precursor de diversos programas esportivos, como o Esporte Espetacular e o Globo Esporte. No Fantástico, eternizou o quadro “Gols do Fantástico” e os resultados da loteria esportiva ao lado da icônica “zebrinha”.
Além do esporte, Léo também apresentou o Jornal Nacional, o Jornal Hoje e desfiles de Carnaval, evidenciando sua versatilidade como comunicador.
Voz de momentos históricos
Ao longo de sua carreira, Léo Batista foi protagonista na cobertura de grandes acontecimentos. Foi o primeiro jornalista a anunciar, em 1954, o suicídio de Getúlio Vargas, e, em 1994, comunicou a morte de Ayrton Senna após o acidente em Ímola, na Itália.
A paixão pelo esporte o acompanhou durante toda a vida. Torcedor do Botafogo, Léo Batista foi homenageado em vida com o batismo de uma cabine de imprensa no Estádio Nilton Santos.
Legado e despedida
Mesmo próximo dos 90 anos, Léo Batista seguia em atividade, contribuindo com o Globo Esporte até os últimos meses de sua vida. Ele sempre destacou a importância do treino, do gosto pelo ofício e do talento natural como pilares de sua trajetória.
Léo Batista deixa um legado inestimável para o jornalismo esportivo brasileiro. Sua trajetória, marcada pela dedicação, inovação e paixão pela profissão, seguirá como exemplo para futuras gerações. O Brasil perde um ícone, mas a memória de sua voz marcante permanecerá viva na história da comunicação.