Danillo Moya Jeronymo, sobrinho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS) Osmar Jeronymo, foi exonerado do cargo de servidor comissionado no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). A decisão, publicada no Diário da Justiça na última quarta-feira (30), é resultado da Operação Ultima Ratio, deflagrada pela Polícia Federal no dia 24 de outubro, que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no Poder Judiciário estadual.
Danillo era servidor no gabinete do desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva e, de acordo com as investigações da PF, teria atuado em conjunto com o tio e o advogado Felix Cunha para obter uma decisão favorável à empresa DMJ e a Diego Jeronymo, seu irmão, em um processo na cidade de Maracaju.
As investigações apontam que, através de diálogos por WhatsApp encontrados no celular de Danillo, o grupo teria negociado a exclusão da empresa e de Diego do processo em andamento no TJMS. A Polícia Federal suspeita que um valor indevido tenha sido pago em troca da decisão favorável.
A exoneração de Danillo foi determinada pelo presidente em exercício do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, e é retroativa à data da deflagração da operação. Além da exoneração, o STJ determinou que o servidor utilizasse tornozeleira eletrônica. A mesma medida foi aplicada ao conselheiro Osmar Jeronymo, que foi afastado de suas funções no TCE-MS.
A Operação Ultima Ratio, que teve como alvo diversos membros do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, causou grande repercussão e gerou debates sobre a corrupção no sistema judiciário brasileiro. As investigações estão em andamento e novas informações devem ser divulgadas nos próximos dias.