Boi gordo: Com ajuda das exportações e escalas apertadas, preços continuam a subir

O mercado físico do boi gordo registrou preços em alta ao longo da última semana. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, as escalas de abate seguem apertadas, justificando esse comportamento das indústrias frigoríficas.

Segundo o analista, é importante destacar o papel de demanda no atual processo de retomada dos preços da arroba do boi gordo, em especial a demanda por exportação. O Brasil caminha para um recorde histórico nesse quesito. A demanda doméstica também conta com seus predicados e tem contribuído para a recente movimentação de alta de preços, disse Iglesias.

Com isso, os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do país estavam em 22 de agosto:

São Paulo – R$ 238,68 a arroba, contra R$ 235,45 a arroba em 15 de agosto, alta de 1,37%.

Goiás – R$ 230,79 a arroba, ante R$ 229,00 a arroba (+0,78%).

Minas Gerais – R$ 229,41 a arroba, contra R$ 224,18 a arroba (+2,33%).

Mato Grosso do Sul – R$ 240,20 a arroba, ante R$ 237,43 a arroba (+1,1%).

Mato Grosso – R$ 215,62 a arroba, ante R$ 210,86 a arroba (+2,2%).

Atacado

O mercado atacadista apresentou preços acomodados para a carne bovina. Segundo Iglesias, ainda não há grande apelo para alta nos preços durante a segunda quinzena do mês, período pautado por uma demanda mais fraca.

Há grande otimismo em torno do último bimestre, considerando a taxa de ocupação dentro da economia brasileira, o que sugere um maior impacto do 13º salário na atividade econômica, disse o analista.

Exportações

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 485,397 milhões em agosto (12 dias úteis), com média diária de US$ 40,449 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 109,718 mil toneladas, com média diária de 9,143 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.424,00.

Em relação a agosto de 2023, há alta de 11,3% no valor médio diário da exportação, ganho de 13,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 1,9% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.