O Dia dos Pais pode aquecer o faturamento de estabelecimentos do setor de bares e restaurantes. É o que revelou uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) entre os dias 22 e 29 de julho. O levantamento foi realizado com 2.005 empresários de todo o país e apontou que cerca de 79% esperam faturar mais com as vendas no Dia dos Pais em comparação a 2023. Para 65% deles, o aumento pode chegar a até 20%.
O presidente da Abrasel Goiás e chefe do Piry Cozinha Nordestina, localizado em Goiânia (GO), Danillo Ramos, afirma que espera aumento nas vendas em relação ao ano passado e que a equipe está preparada para receber pais e filhos que irão comemorar o Dia dos Pais no restaurante, que tem como foco a culinária nordestina.
“O Piry tem essa característica em sua essência, de trazer esse resgate de gerações. São os filhos buscando a cultura da raiz do pai ou da sua própria raiz através da culinária e da cultura nordestina. Então a gente vê muito isso em todo o fim de semana aqui no Piri, as famílias confraternizando, filhos trazendo os pais e dando esse presente gastronômico. A gente acredita que o Dia dos Pais vai acontecer com muito mais intensidade e estamos muito preparados e felizes por receber essas famílias que vão escolher o Piry para esse momento”, disse Danillo Ramos.
Em relação a abrir as portas do comércio no próximo domingo, 11 de agosto, 78% demonstraram que pretendem continuar funcionando. Dos mais de 2 mil empresários ouvidos, 7% afirmaram esperar aumento de faturamento entre 21% e 30%. Já outros 7% previram crescimento superior a 30%.
O consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo, explica que essa previsão de crescimento para o setor também influencia no bom desempenho de outros setores, como o setor industrial. Segundo ele, o aquecimento do setor pode se manter até o final deste ano.
“Esse bom desempenho do comércio varejista, ele acaba produzindo um movimento profícuo, um movimento interessante também para outros setores, o que a gente chama de efeito transbordamento. Se o comércio vende bastante, ele solicita, faz mais pedidos à indústria, que também deve colher os frutos desse mercado de comércio varejista aquecido que a gente tem visto ao longo de 2024 e que deve prevalecer até o final do ano”, pontua Galhardo.
Prejuízo e dívidas
Segundo a pesquisa da Abrasel, 60% das empresas funcionaram sem lucrar em junho. Desse montante, 24% tiveram prejuízos e 36% conseguiram atuar de forma equilibrada. Além disso, 40% das empresas apontam possuir dívidas em atraso.
Entre os estabelecimentos endividados, 73% devem impostos federais, 47% devem tributos estaduais. Outros 36% têm empréstimos bancários em atraso e 29% das empresas têm débitos com serviços públicos como água, luz, gás e telefone.
Confira outras áreas em que as empresas têm dívidas:
29% com encargos trabalhistas e previdenciários;
27% com taxas municipais em atraso;
22% devem a fornecedores de insumos como alimentos e bebidas;
20% têm débitos de aluguel;
11% devem a fornecedores de equipamentos e serviços e
6% tem pagamentos a empregados em atraso.
Disponível em: brasil61.com