No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta segunda-feira (5), o instituto SOS Pantanal encerrou uma expedição em parceria com representantes da Embaixada Norte-Americana no Brasil, em áreas da maior planície inundável do mundo. A iniciativa tem como objetivo destacar as oportunidades e preocupações para a proteção de um dos biomas mais diversos do planeta.
Entre os dias 2 e 5 de junho, o Pantanal recebeu a visita de representantes da Embaixada norte-americana, buscando estabelecer parcerias futuras em prol do bioma. A expedição teve passagens por Miranda e Bonito, onde os representantes conheceram locais importantes para a conservação do Pantanal.
Um dos destinos foi a região do Delta do Salobra, localizado na borda do “Pantanal Sul”, uma região única de transição entre a Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal. Lá, eles puderam conhecer o trabalho do IDS (Instituto Delta do Salobra), que realiza esforços para a conservação dessa região frágil e significativa.
A expedição seguiu para Bonito, conhecido por oferecer as melhores locações para mergulho fluvial no país. No entanto, a área tem sido impactada pelo avanço desenfreado da agricultura em pontos sensíveis, como os banhados, essenciais para o equilíbrio ambiental. Em Bonito, os representantes da Embaixada foram apresentados à Fundação Neotropica, uma instituição que atua há anos na conservação da região, monitorando o desmatamento, promovendo ações educacionais e fomentando o turismo sustentável.
O encontro ocorreu na Fazenda Santuário, gerida pelo Instituto LiBio, que se dedica também à reabilitação de animais silvestres vítimas de acidentes, desmatamento e tráfico. Raquel Machado, líder do Instituto LiBio, destacou a importância desses encontros: “Ficamos honrados em receber o chefe da embaixada americana para assuntos relacionados ao meio ambiente em Bonito, uma região tão importante para o ecoturismo e a conservação da biodiversidade.
Será uma oportunidade de mostrar não só o potencial turístico, mas também as ameaças que nos preocupam e que podem acabar com esse paraíso”. Além disso, os representantes visitaram a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) do Saci, outra área administrada pelo Instituto LiBio.
Gustavo Figueirôa, biólogo e diretor de comunicação do SOS Pantanal, ressaltou que o intercâmbio com representantes de outros países pode ser benéfico para a troca de conhecimentos e alinhamentos de projetos.
“Quando apresentamos tanto as belezas naturais e oportunidades de desenvolvimento sustentável, quanto os riscos e ameaças que assolam um bioma tão relevante, estamos trazendo atenção nacional e internacional para a realidade do território, criando caminhos para a construção de soluções efetivas para os desafios que o Pantanal e seu entorno enfrentam”, afirmou.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS