Preços da soja no Brasil têm queda generalizada, seguindo Chicago e dólar

O mercado brasileiro de soja teve um dia de ritmo lento em termos de negócios. Os preços tiveram queda firme nesta quinta-feira (20), acompanhando as retrações do dólar e da Bolsa de Chicago.

O lado vendedor segue “assustado”, conforme analistas de Safras & Mercado, esperando um alívio nas recentes quedas acumuladas. Na semana, o volume de negócios “não foi ruim”, mas segue abaixo do esperado. Melhores preços devem surgir a partir do segundo semestre.

Veja os preços da saca de soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): caiu de R$ 143,00 para R$ 140,50
  • Região das Missões: baixou de R$ 142,00 para R$ 139,50
  • Porto de Rio Grande: recuou de R$ 148,00 para R$ 144,50
  • Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 134,00 para R$ 131,00
  • Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 145,00 para R$ 142,00
  • Rondonópolis (MT): diminuiu de R$ 124,50 para R$ 123,00
  • Dourados (MS): caiu de R$ 130,00 para R$ 129,00

Rio Verde (GO): baixou de R$ 126,00 para R$ 125,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos, praticamente zerando os ganhos acumulados no início da semana.

O clima de aversão ao risco no financeiro, forçando mais um dia de queda do petróleo, os fracos dados de exportação dos Estados Unidos e o clima favorável no Meio Oeste pressionaram as cotações.

As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 100.100 toneladas na semana encerrada em 13 de abril. A Holanda liderou as importações, com 128.300 toneladas.

Para a temporada 2023/24, foram 2,9 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 225 mil e 550 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com baixa de 9,00 centavos ou 0,59% a US$ 14,97 1/2 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,68 1/2 por bushel, com perda de 10,25 centavos de dólar ou 0,69%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 3,30 ou 0,73% a US$ 448,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 54,61 centavos de dólar, com perda de 0,55 centavo ou 0,99%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 0,49%, sendo negociado a R$ 5,0590 para venda e a R$ 4,0570 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0370 e a máxima de R$ 5,0860. Na semana, o dólar acumulou valorização de 0,91%.