Estado tem 10 casos confirmados de varíola dos macacos, segundo boletim da SES

Mato Grosso do Sul tem 10 casos confirmados de varíola dos macacos, conforme novo boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES). São oito casos foram confirmados na Capital, um em Itaquiraí e Dourados.

De acordo com boletim, apenas neste início de agosto, houveram 19 notificações da doença. Outros 18 casos, anteriores, seguem em investigação na Capital (6), Cassilândia (1), Dourados (2), Ponta Porã (1), Camapuã (1), Três Lagoas (5), Bandeirantes (1) e Aparecida do Taboado (1).

Do total de confirmações da varíola dos macacos, oito são em Campo Grande, um de Dourados e um em Itaquiraí. Todos os pacientes são homens, em sua maioria com idade entre 20 e 29 anos. Os outros infectados somam 30% com idade entre 30 e 39 anos e 20% com idade 40 a 49 anos. Todos os infectados apresentaram erupções cutâneas, 80% apresentou linfonodos pelo corpo e 70% teve febre.

Os pacientes com a confirmação da Monkeypox estão isolados.

Ainda não há confirmação se um homem, de 31 anos, que estava internado no Hospital Regional e morreu com suspeita de Monkeypox de fato padeceu pela doença. A morte está sob investigação em laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Com os casos confirmados, o Estado criou um grupo técnico de enfrentamento à Varíola dos Macacos. O grupo será liderado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e será responsável por desenvolver estratégias de combate à doença em todos os 79 municípios sul-mato-grossenses.

Segundo o assessor militar da SES, coronel bombeiro militar Marcelo Fraiha, que vai coordenar o trabalho, o Governo já está atuando em estratégias de enfrentamento à infecção causada pelo vírus Monkeypox.

“Já foram elaborados e emitidos para os municípios a comunicação de risco, o informe epidemiológico e o plano de contingência. Também criamos uma sala de situação que avalia o cenário epidemiológico em todos os municípios”, destacou ele, que foi um dos gestores da pandemia de Covid-19 em Mato Grosso do Sul.

Transmissão

Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar por meio de sêmen ou fluidos vaginais. Também pode haver transmissão das seguintes formas:

  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Conheça os sintomas

Os principais sintomas da varíola dos macacos são:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dor nas costas
  • Gânglios (linfonodos) inchados
  • Calafrios
  • Exaustão
  • Como se proteger

O uso de máscaras, distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.