Gastos com Páscoa devem ser quase o dobro neste ano, comparado com 2020

A Páscoa deve movimentar R$ 250 milhões na economia de Mato Grosso do Sul, entre gastos com chocolates e comemorações.

O montante é 88% maior do que o movimentado no mesmo período do ano passado, que foi de R$ 136,08 milhões.

É o que aponta levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul (IPF-MS), divulgado nesta quinta-feira (11).

Mesmo com uma grande parcela de consumidores afirmando que tiveram redução de renda durante a pandemia, o crescimento da intenção de compra se deve principalmente ao cenário do ano passado.

Conforme a Fecomércio, na Páscoa de 2020 a pandemia estava no início e as medidas de transmissão e a mudança de comportamento das famílias impactou no gasto baixo.

“No ano passado, com as incertezas do início da pandemia e a suspensão do atendimento presencial, muitas pessoas não conseguiram sequer comprar os ovos, houve devolução dos produtos que são pegos em consignação e mesmo suspensão de fornecimento”, avaliou a economista Daniela Dias.

“Além disso, o comportamento das pessoas mudou, temos, por exemplo, aumento dos que vão presentear filhos, além de sobrinhos e afilhados, uma forma de reforçar o vínculo afetivo e emocional mesmo com o distanciamento social e de agradar mais essas crianças e adolescentes acrescentou.

De acordo com a pesquisa, do montante, R$ 136,6 milhões devem ser gastos com chocolates e R$ 119,29 milhões com comemorações.

O gasto médio com chocolates e ovos de Páscoa será de R$143,21 e mais da metade dos consumidores devem comprar três ou mais chocolates.

Já para comemorações, o gasto médio será de R$ 146,88. Neste ano, 71% das pessoas devem fazer algum tipo de comemoração, enquanto em 2020 o percentual era de 24%.

Dentre as pessoas que responderam a pesquisa, 71% disseram que irão às compras, sendo que a maioria prefere comprar em lojas físicas.

Quanto aos presenteados, 62% serão os filhos, 22% afilhados e sobrinhos, 27% presentearão os cônjuges e 12% a si mesmos.

Quanto às comemorações, 86% o farão em família, preparando a alimentação; 51% pretendem consumir peixe, que é característico da Semana Santa.

Em meio a pandemia, a biossegurança do estabelecimento será levada em conta como atrativo para compras, além de desconto para pagamento à vista, parcelamento no cartão e variedade.

“É importante que os empresários estejam atentos, principalmente nos dias que precedem a data, sobre como vai organizar as logísticas de biossegurança para esse consumidor e também para as pessoas que vão comemorar em casa”, diz a economista do Sebrae MS, Vanessa Schmidt.