As aulas iniciam de forma remota na Rede Estadual de Ensino nesta quarta-feira (10) por recomendação do Centro de Operações de Emergência (COE-MS). A decisão foi tomada por conta do aumento expressivo de casos de Covid-19, mortes, taxa de transmissão e ocupação dos leitos hospitalares.
O início dos estudos começam após um período de acolhimento, feito seguindo protocolos de segurança. “Os diretores tiveram a iniciativa de fazer a semana de acolhimento. Foi um momento que puderam conhecer os seus alunos novos e deu tempo para todos acolherem, conhecerem, avaliarem e, por fim, planejarem essas aulas remotas. Já estou sabendo que tem 17 mil turmas automatizadas no Google Class Room para vocês trabalharem remotamente, tem no Youtube as aulas prontas com catálogos e sinopses, tem a TVE que vai passar os filmes e tem o material impresso para quem não tem a conectividade e a tecnologia”, explicou a secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amendola da Mota.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja, os alunos só vão voltar a ter aula nas unidades escolares quando a ciência determinar que é seguro. Ele contou ainda que Mato Grosso do Sul aderiu a um pacto nacional com outros 22 estados para diminuir o número de contaminações. “Nós estamos atingindo um aumento de 67% de óbitos em Mato Grosso do Sul. Fechamos o número em 3.491 pessoas que perderam a vida. Somos muito solidários a essas famílias, a esses familiares de pessoas que perderam a vida. Tivemos aumento de mais de 20% na média móvel de casos nesses últimos dias. Em praticamente duas regiões, a macrorregião de Campo Grande e a de Dourados, quase a totalidade dos leitos de UTI foram utilizados. Temos um grande volume de pessoas internadas e uma variante nova com volume exponencial de contaminações. Isso fez o COE-MS recomendar a não volta das aulas presenciais”.
Mato Grosso do Sul e o Brasil vivem o pior cenário da pandemia, conforme o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. A taxa de contágio, saltou de 0,92 para 1,02 – o que significa que um grupo de 100 pessoas com a doença contamina outras 102. Vários hospitais estão lotados, inclusive o HR, em Campo Grande, que é referência no atendimento de pacientes com Covid-19.
Paulo Fernandes, Subcom
Foto: Saul Schramm