Repleto de oportunidades, o turismo em Mato Grosso do Sul possibilita experiências que valorizam o contato com a natureza.
Do Pantanal a Jaraguari, é possível passar dias ou apenas horas em rios e cachoeiras do Estado, conhecendo um pouco dos biomas e da importância de preservar a natureza.
Em Miranda, cidade distante 211 quilômetros de Campo Grande, a Pousada Refugio da Ilha oferece uma vivência única. No início do ano, o visitante pode ter a oportunidade de curtir a cheia da planície, com os pés, literalmente, na água.
Situada em uma ilha formada por dois braços de rio, a pousada está à beira das águas cristalinas do Rio Salobra, no Delta do Rio Salobra – entre o norte da Serra da Bodoquena e o Rio Miranda.
Apesar de ser de fácil acesso, durante a época de cheia é preciso ir de barco para chegar na sede.
De acordo com o proprietário do local, Maurício Copetti, a pousada recebe visitantes há 23 anos: “Sempre focados na conservação do meio ambiente, com limitação de visitantes”, explica.
Ao todo, são apenas oito apartamentos, e a entrada no local é permitida somente com reserva.
Há pacotes de três noites com cinco passeios, mas na época de cheia alguns não são possíveis. “A ideia é ter a experiência de enchente no Pantanal, com o rio cristalino ilhando a pousada”, frisa.
Durante o período de cheia é mais difícil avistar animais, como a onça-pintada, mas ainda é possível.
“Na cheia fica mais difícil, está tudo alagado. Pode acontecer, mas o grande barato é a cheia em si. São mais de 30 onças já identificadas pelo Projeto Oncafari e o Instituto Delta do Salobra [IDS]”, conta Copetti.
O pacote mínimo para ficar na pousada é de três noites, em quarto duplo ou de casal, no valor de R$ 4.760. São três refeições já incluídas: café da manhã, colonial e regional, almoço e jantar com buffet.
Entre os passeios, estão inclusos: cavalgada, canoa, barco, banho de rio e carro aberto. “Certamente barco e canoa são garantidos, pois o nível da cheia determina”, frisa.
Bonito
Famoso no mundo inteiro, Bonito é o cartão-postal do ecoturismo sul-mato-grossense.
O destino turístico, localizado a 300 km de Campo Grande, tem balneários, passeios de flutuação e mergulho, além de grutas.
Durante a baixa temporada, nos meses de maio a junho, é a melhor época para visitar a cidade, quando os preços são mais baixos.
Os valores variam de acordo com o tipo de passeio, podendo custar de R$ 25, em balneários, a mais de R$ 1,5 mil, em mergulhos.
Jaraguari
Já para os visitantes que não têm a oportunidade de viajar por um longo período de tempo, uma opção é realizar as viagens bate e volta, que duram apenas um dia.
Para os moradores de Campo Grande, Jaraguari é uma opção viável e com diversas oportunidades, principalmente para quem gosta de cachoeiras e trilha.
A Cachoeira Secreta, por exemplo, foi aberta para o turismo recentemente, após o proprietário do local ter a fazenda invadida algumas vezes pelos visitantes. “São 37 km de Campo Grande até lá.
A cachoeira tem 10 metros de altura. Para viabilizar o passeio, fizemos uma parceria com o pessoal da propriedade.
São duas cachoeiras no roteiro. Iniciamos com um café da manhã, o tradicional quebra-torto pantaneiro.
A trilha tem 5 km e, quando você se aproxima, é de impressionar.
Parece aqueles fundos de tela de computador, que mostram paisagens incríveis”, explica Cristevan Veloso, do Trilha extrema.
O local, que tem seis quedas d’água, fica em uma propriedade privada.
O preço para realizar o passeio, em média, é de R$ 120.
Outro ponto também em Jaraguari é a Cachoeira do Salto do Jatobá, localizada na divisa entre o município e Rochedo.
“Esse roteiro é o mais leve que a gente tem aqui próximo de Campo Grande.
É bem legal de fazer com família, com criança, com idoso.
É um roteiro bem leve: a gente para nas corredeiras do Rio Jatobá, que não tem partes fundas nos pontos em que a gente parte”, pontua. A Cachoeira do Salto do Jatobá tem cerca de 8 metros de altura.