Dois dias após a divulgação de um vídeo, nas redes sociais, onde objetos estão sendo arremessados no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, policiais penais evitam que um homem jogue ilícitos no local. O fato ocorreu nessa quinta-feira (31).
Segundo equipe do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) o suspeito foi flagrado no momento em que eles se dirigiam ao presídio para realizar escolta. Ao notar a aproximação dos policiais, o indivíduo correu deixando a mochila para trás. Até o momento, não foi possível a identificação e prisão do criminoso.
Foram apreendidos carregadores de celular, fones de ouvido e porções de maconha, entre outros itens.
Entenda o caso
Um vídeo, que ainda não se sabe quando foi gravado e está circulando nas redes sociais, mostra o arremesso de objetos na quadra de esportes do presídio de segurança máxima. No dia da gravação, estava chovendo e havia detentos que pareciam estar recebendo as “encomendas”, chamadas de “pombos” por eles.
Conforme a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciária (Agepen-MS), devido ao crescimento urbano e a falta de uma área de isolamento do presídio no passado, quando foi construído, existem espaços que possibilitam o trânsito de pessoas no arredores, o que, facilitaria possíveis arremessos de ilícitos para dentro da unidade prisional.Vídeo mostra detentos recebendo objetos ilícitos no pátio do presídio de segurança máxima
Ainda conforme a Agepen, ações de patrulhamento ocorrem em conjunto com a Polícia Militar (PM), que é a responsável pela guarda das muralhas das penitenciárias do complexo do Jardim Noroeste, no sentido de identificar envolvidos e coibir esses arremessos, com constantes apreensões de ilícitos arremessados, bem como a prisão de pessoas que utilizam desta prática.
Na semana anterior, ainda de acordo com a Agepen, foram interceptados 17kg de maconha, além 22 gramas de cocaína arremessados. Também são interceptados, em média, cerca de 40 celulares arremessados ao mês, entre outros materiais proibidos, como fermento utilizado na fabricação de bebidas artesanais e até mesmo carnes embaladas a vácuo e bebidas alcoólicas.
Em nota, a Agepen também ressaltou que, regularmente, são realizadas vistorias em celas e demais espaços para retirar ilícitos que possam ter chegado em poder dos detentos, além de contar com a “gerência de inteligência” e ainda falou sobre uma obra a ser realizada no local, com recurso já aprovado e que será executada pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).
Por fim, a Agepen disse que “tem adotado uma série de medidas para coibir uso de celulares e outros ilícitos nos presídios do estado, com instalação de equipamentos de ponta, como o raio-x corporal e sistemas de câmeras em pontos estratégicos.