Operação prende seis suspeitos de execução a quatro pessoas na fronteira de MS

Seis brasileiros foram presos na manhã desta segunda-feira durante operação contra a chacina ocorrida em Pedro Juan Caballero no último sábado (10). Dois veículos foram apreendidos e a suspeita é de que o carro utilizado nas execuções tenha saído do local. O motivo dos assassinatos seria um “conflito interno” entre uma das vítimas e um grupo ligado ao narcotráfico no Brasil.

Conforme apurado pela Futura Fm, de Amambay, a residência fica na colônia Cerro Cora’i, e está há uma quadra da fronteira. Segundo o chefe policial da operação, todos são brasileiros.

O subcomandante da Polícia Nacional do Paraguai, coronel Gilberto Fleitas, afirmou ao ABC Color que não há relação da chacina com outros ataques acontecidos na fronteira, em referência àmorte do vereador de Ponta Pora Farid Affif, também no sábado (9). O atentado que matou quatro pessoas estaria relacionado a um conflito interno entre ‘Bebeto’ – Osmar Vicente Álvarez Grance -, uma das vítimas, e um grupo dedicado ao narcotráfico no Brasil. “Seria mais uma questão interna ligada ao mercado brasileiro. Haveria um confito com esta pessoa, Bebeto”, afirmou.

Uma caminhonete gabine dupla foi encontrada em chamas na madrugada de sábado (9) e a polícia investiga se ela pode ter sido usada na chacina que vitimou quatro pessoas, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Entre as vítimas está a filha do governador do departamento de Amanbay.

A caminhonete foi localizada em uma estrada vicinal na Colônia Virgen de Caacupé, após moradores acionarem a polícia. Chegando ao local, os policiais verificaram que o veículo tinha características similares ao que teria sido utilizado no atentado e foi identificado durante as investigações.

O diretor da polícia de Amambay Carlos Miguel López Russo, foi pessoalmente ao local do achado. A caminhonete tem placa brasileira e trata-se de uma Toyota Hilux, ano 2014/2015, da cidade de Bauru-São Paulo.

O veículo foi encontrado horas depois de membros da equipe de investigação afirmar que tinham fortes indícios para esclarecimento do crime, mas que não daria maiores informações para não atrapalhar o andamento.

Chacina

A estudante de medicina, Kaline Reinoso, de 21 anos, foi uma das vítimas da chacina ocorrida em frente a uma casa de eventos em Pedro Juan Caballero. Ela era moradora de Dourados e estava acompanhada de outra estudante de medicina identificada como Rhannye Jamilly.

Elas estavam no mesmo grupo de Osmar Vicente Álvarez Grance, o Bebeto, e da filha do governador do Departamento de Amambay, Haylée Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, que também morreram no atentado. De acordo com a Polícia Nacional, foram mais de 100 disparos de fuzil de vários calibres e não há pistas dos assassinos.