Secretário de Saúde de MS diz que alta taxa de letalidade da Covid é o que evita falta de leitos de UTI no estado

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, reafirmou nesta quarta-feira (6) que Mato Grosso do Sul atingiu o limite na abertura de leitos de terapia intensiva (UTI) para atendimento de pacientes com Covid-19, e disse que o estado somente não enfrenta a falta dessas unidades por conta da alta taxa de letalidade da doença.

Resende disse que com as 28 mortes confirmadas nesta quarta, somadas as 33 de terça-feira, somente nos últimos dois dias Mato Grosso do Sul confirmou 61 óbitos provocados pelo novo coronavírus. “Isso faz com que nós não tenhamos como ocorre em outras unidades da federação, de pacientes esperando vagar leitos de UTI”.

O secretário disse que mesmo enfrentado falta de mão de obra e de espaço para abertura de novos leitos de UTI, que o estado continua trabalhando para tentar viabilizar novas unidades.

Disse que hoje terá uma reunião com a secretaria de saúde de Campo Grande e a direção hospital universitário da UFMS para viabilizar a abertura de mais 10 leitos de UTI na instituição.

Relatou ainda que tem uma outra reunião, por volta das 16h, com a direção da Santa Casa de Campo Grande para tratar da regulação de pacientes e também discutir a superlotação do hospital.

“Espero que possamos construir alternativas para evitar que um hospital tão importante para o setor de saúde do estado não entre em colapso”, afirmou.

O secretário disse que o descumprimento das medidas de proteção pela população, especialmente no Natal e no Ano Novo, já reflete no aumento de número de casos. Hoje citou que foram mais 1.582, mas que a média móvel do estado nos últimos 7 dias tem ficado em 960 registros diários.