De acordo com informações da BBC (via NME), o músico canadense vendeu 50% dos direitos autorais de todas as suas canções para a empresa Hipgnosis, e através da negociação de 1.180 faixas, o acordo custou cerca de 150 milhões de dólares – aproximadamente 802 milhões de reais.

O fundador da empresa que comprou os direitos, Merck Mercuriadis confessou que considera Young um ídolo:

Este é um acordo que muda a Hipgnosis para sempre. Comprei meu primeiro álbum de Neil Young aos sete anos. [O disco] ‘Harvest’ sempre foi meu companheiro e eu sei cada nota, palavra e pausa do álbum de forma íntima.

Construí a Hipgnosis para ser uma empresa da qual Neil gostaria de fazer parte. Temos integridade e paixão comuns nascidos da crença na música e nessas canções importantes.

O intuito da empresa é transformar os royalties em um fluxo constante de receita. Assim, a empresa ganha um retorno financeiro sempre que uma das músicas do artista é tocada na rádio ou é apresentada na televisão ou em um filme, por exemplo.

Como Neil Young ainda ficou com a outra metade do bolo, ele também terá interesse na difusão das suas canções pelo mundo para que elas continuem rendendo royalties na forma de execuções em diferentes mídias.

Sendo assim, deve trabalhar junto com a empresa para divulgar as canções lançadas tanto em carreira solo quanto em projetos como Buffalo Springfield e Crosby, Stills, Nash & Young. Pelo menos até hoje, Neil sempre fazia críticas a plataformas de streaming, criando maneiras próprias de divulgar seus sons em arquivos de melhor qualidade. Com o acordo, isso pode mudar.

Antes de criar a Hipgnosis, Merck Mercuriadis ficou conhecido por administrar as carreiras de grandes astros da música como Elton John, Guns ‘N’ Roses, Beyoncé e Iron Maiden.

Nova tendência

O acordo de Neil com a Hipgnosis vem após a empresa adquirir os direitos da ex-cantora do Fleetwood Mac Lindsay Bukingham e os royalties do produtor Jimmy lovine.

Se você quer entrar no negócio, fique de olho: há empresas abrindo inclusive aqui no Brasil que estão comprando os direitos de músicas de artistas e vendendo “ações” delas para o público.

Por Lara Teixeira e Tony Aiex