Em meio a pandemia da Covid-19, uso de tornozeleira eletrônica cresce 14% em Mato Grosso do Sul

De acordo com o relatório da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul (Agepen), o uso de tornozeleira eletrônica tem se intensificado no ano de 2020.

Até novembro, foram registrados 2 mil monitorados ativos, o que significa um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2019.

O objetivo do monitoramento é reduzir aglomerações em presídios, de modo a evitar à exposição de agentes e presos ao novo coronavírus e assegurar a saúde de ambas as partes.

As normas seguem as recomendações das autoridades de saúde e de órgãos penais.

“Igualmente percebemos também pelo baixo número de servidores penitenciários infectados na monitoração eletrônica, demonstrando que a vigilância à distância diminuiu a aglomeração de indivíduos”, disse Ricardo Teixeira, diretor da Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual (UMMVE).

“Além disso, temos adotados todas as medidas de higienização necessárias, assim como é feito em outras unidades penais da Agepen”, finaliza.

Outra finalidade é reduzir as despesas. Cada tornozeleira custa cerca de R$255,00 aos sofres públicos, um valor sete vezes menor se o interno fosse mantido em regime fechado.

A reintegração do presidiário também é prioridade neste tipo de cumprimento de pena.

“Temos trabalhado com foco na preservação de vidas e prevenção à disseminação da Covid-19”, afirmou Aud de Oliveira Chaves, diretor-presidente da Agepen.

“A implantação da monitoração eletrônica tem sido uma importante ferramenta nesse sentido, sendo um instrumento inovador na gestão pública”, complementa.