Veja as sugestões de filmes e séries nas plataformas digitais, 26 de novembro de 2020

Dica da Semana: “A Dama e o Vagabundo”

Uma das animações mais queridas dos clássicos da Disney recebe um “remake” em live-action exclusivo para assinantes da plataforma de streaming Disney Plus

Em 1955, chegava aos cinemas “A Dama e o Vagabundo”, uma das animações mais icônicas e queridinhas da Disney que, até hoje, conquista os corações dos espectadores. O filme tem como protagonistas Dama (uma cadela doméstica de uma família rica) e Vagabundo (um viralatas das ruas) que, apesar de serem de mundos muito distintos, se apaixonam. Assim como diversos outros clássicos Disney – como “Alladin”, “Cinderela” e “O Rei Leão” -, a “Dama e o Vagabundo” também ganhou versão live-action, que por conta da pandemia de covid-19, estreou dia 17 de novembro como uma produção exclusiva para a plataforma de streaming da empresa, o Disney Plus.

Apesar de se tratar de um filme sobre descobertas, sua trama é mais sutil, sem grandes reviravoltas e aventuras. “A Dama e o Vagabundo” é, na verdade, uma história sobre a descoberta do mundo do outro. Ao se utilizar de animais para abordar como as vivências pessoais impactam na forma como cada personagem concebe a realidade ao seu redor, o filme consegue dar às questões de classe e desigualdade social uma certa leveza sem tirar seu caráter reflexivo. Sendo assim, se distancia de grande parte dos filmes da Disney ao possuir uma pegada mais realista.

A Disney Plus foi lançada nos Estados Unidos há mais de um ano, porém sua estreia oficial no Brasil se deu somente agora. O serviço possui produções inéditas da empresa exclusivas para a plataforma, além de famosas franquias adquiridas pela Disney ao longo dos anos, como “Star Wars”, os filmes da Marvel, da Pixar e o conteúdo do National Geographic. Para ter acesso ao catálogo da plataforma de streaming, pode-se escolher entre assinar diretamente a Disney Plus pelo site oficial (que sai por R$ 27,90 no plano mensal e R$ 23,32 por mês no plano anual) ou contratar um plano fruto de parcerias da empresa com outros serviços, como o pacote com a GloboPlay, o Mercado Livre e a Vivo.

Link para o trailer de “A Dama e o Vagabundo”.

Em duas rodas

Na produção original Netflix “A Vida Gira”, um jovem zimbabuense se refugia na Cidade do Cabo depois de testemunhar o assassinato dos pais

No dia 27 de novembro, estreia na Netflix o filme sul-africano “A Vida Gira”. O longa, que demorou 15 anos e mais de mil rejeições para ser efetivamente transformado em uma produção cinematográfica, conta com a direção do aclamado zimbabuense Sunu Gonera. Vencedor do prêmio de Ouro do festival Cannes Lions, Gonera conseguiu construir uma carreira impressionante em pouco tempo, iniciando sua trajetória com o lançamento do filme “Pride” (2007). Além disso, o diretor é um nome muito importante no multifacetado movimento do afrofuturismo, que resgata na ficção as histórias, mitologias e cosmologias africanas e as combina com elementos tecnológicos. O filme “Pantera Negra” é um grande representante desse movimento.

O filme “A Vida Gira” conta a história de Joshua (Charles Mnene), um jovem de Zimbábue que tinha um ótimo desempenho acadêmico e um futuro brilhante pela frente. Seu sonho é vencer um campeonato de ciclismo para, assim, conseguir uma vida melhor. Porém, seus sonhos são destruídos depois de testemunhar o assassinato de seus pais em um conflito na região. Desamparado, Joshua vai para a Cidade do Cabo (África do Sul) em busca de refúgio. Lá, encontra Mambo (Hakeem Kae-Kazim), um professor misterioso que oferece abrigo e trabalho para jovens refugiados de todo o continente africano.

Mesmo atormentado pelas lembranças do passado, Joshua não desiste de se tornar um profissional de BMX (bicicross) e continua treinando com sua bicicleta pelas ruas da Cidade do Cabo, mesmo depois de ser atropelado por um carro em uma de suas pedaladas. Em meio a tudo isso, Joshua vai conhecer Olivia (Simona Brown), uma talentosa dançarina de família rica que irá apresentá-lo a um universo totalmente desconhecido. “A Vida Gira” é um filme que discorre sobre o processo de amadurecimento e de descoberta da sua própria identidade, mostrando o quanto o resgate ao passado e da história de sua própria família são importantes na construção de um indivíduo.

Link para o trailer de “A Vida Gira”.

Por trás da realidade

Novo longa da Neftlix conjuga dramas familiares com críticas à indústria da música

Com o surgimento de “American Idol” nos Estados Unidos em 2002, às emissoras e o público se viram atraídos para o mundo dos realities shows musicais. Em seguida surgiram outros programas com a mesma proposta, como o “The X Factor” e o “The Voice”, que ganhou sua versão brasileira em 2012. Apesar de terem produzido alguns artistas de sucesso, a maioria dos participantes não foi capaz de fazer fama no mundo da música. Trata-se de um problema de planejamento, de descoordenação dos interesses das emissoras e das gravadoras, pois nem sempre a melhor voz é sinônima de superioridade artística. Nesse contexto surge “Destemida”, um filme polonês original da Neftlix que estreia dia 2 de dezembro.

A história se desenrola durante o reality show fictício “Corrida Musical”, em que a preocupação não é lançar novas carreiras na indústria musical polonesa, mas sim ganhar o máximo de audiência possível, por vezes através da humilhação dos participantes. Para isso, o egocêntrico produtor do programa (Tomek Karolak) conta com um painel de três rudes jurados que devem derramar um balde de água fria nos participantes que desgostarem. Dentre eles se destaca Olo Zawistowski (Maciek Zakościelny), um músico decadente que ganha à vida destruindo os sonhos alheios em rede nacional. Porém, quando o programa decide realizar audições em sua pequena cidade natal, Rozalia, fantasmas do passado reaparecem.

Ainda no início de sua carreira, Olo abandonou a namorada grávida para perseguir uma carreira na música. Dezoito anos depois, essa criança se tornou uma adolescente rebelde, com uma bela voz e muito rancor pelo pai ausente. Assim, ao descobrir que ele retornaria para Rozalia durante as audições do reality show, Ostra (Katarzyna Sawczuk) decide participar do programa e conhecê-lo. Sem a menor intenção de prosseguir na competição, Ostra estava satisfeita de ter derramado seu próprio balde d’água em Olo durante as audições. No entanto, seu temperamento esquentado e habilidades musicais tornam a jovem uma forte candidata a vencer o programa.

Link para o trailer de “Destemida”.